Com a certeza de que é necessário evoluir, com os olhos postos no futuro não esquecendo o passado, a Federação apresenta orgulhosamente o novo Organograma.
No livro “A Terceira Vaga” publicado em 1980, Alvin Tofler relaciona a segunda onda com as sociedades de produção em massa e a estandardização. Sociedades com esta natureza produzem organismos burocráticos, rígidos e autoritários, tendo como principal vantagem o controlo total por parte das chefias e como desvantagem a dificuldade de operação num mundo, o atual, em constante mutação.
Com a definição da terceira vaga, Tofler previu inúmeras mudanças no dia-a-dia, apelidando esta “onda” a da informação, da partilha de ideias, globalização e da desmaterialização dos processos, na qual a atual Direção da Federação se revê.
A transição do modelo de chefia para o modelo de liderança já se fazia esperar, como se mostra no novo organograma:
Baseado no modelo circular, a chamar à atenção da participação democrática de todos, o novo modelo assume estes compromissos:
- Administração – composto pela Direção, Órgãos Sociais e estruturas de apoio à decisão, tendo as funções de Decidir e Planear.
- Colaboradores – composto pela Direção Executiva e Técnica, departamento técnicos e administrativos e estruturas de apoio ao funcionamento, tendo como funções Planear e Operacionalizar.
Como se pode observar há uma função comum – Planear. Promove-se assim que todos as pessoas sejam ouvidas e envolvidas no planeamento, estratégia e definição de linhas orientadoras para gerar processos de melhoria contínua.
A inovação como peça fundamental para o sucesso
Uma novidade na gestão da Federação é a inclusão da Inovação como uma forma de pensar e estar. Não obstante ter sido criado o departamento respetivo, o importante na alavancagem da Inovação é a transversalidade do conceito na organização, promovendo a mudança para criar oportunidades (Peter Drucker), cortando com a tradição de seguir o que “sempre foi feito” e o que “todos fazem”.
Gestão Ágil - Estudo de caso “in-house” A gestão Ágil é um modelo de gestão que assenta na produção de conhecimentos, produtos e serviços de forma eficiente e flexível, tendo como principal alteração para os agentes a colaboração para um mesmo objetivo.
A Federação emprega atualmente este modelo de gestão no Departamento de Comunicação e Inovação com o objetivo de interligar a gestão tradicionalista com os modelos mais modernos e, posteriormente, integrar nos outros departamentos.
A aceitação da mudança
É de comum conhecimento que a mudança nem sempre é bem-vinda. Na Federação não tem sido exceção e vai ser necessário bastante tempo de adaptação, tendo por vezes que se dar passos para trás para depois avançar-se com uma estrutura mais forte e coesa.
Após avaliação interna, entendeu-se que os recursos humanos e os processos estão fortemente associados a modelos “top-down”, tendo levado à aprendizagem de comportamentos dependentes e isolados, não estimulando a criatividade nem a autonomia.
Com esta nova abordagem objetiva-se a aprendizagem de “soft-skills” colaborativos, comunicativos e de auto-regulação por forma a ser possível implementar processos flexíveis e democráticos, no entanto, vai demorar tempo. Como exemplo, está em produção um modelo de avaliação 360º que só organizações com maturidade suficiente podem usufruir das suas vantagens, algo que a Federação prevê atingir em dois ou três anos.
Internamente deram-se os primeiros passos comportamentais durante 2021, no ano seguinte espera-se que estes já estejam mais modelados e nos seguintes uma total adaptação para se usufruir de uma gestão moderna e ágil.
Está-se em crer que depois de passar os cinco estádios do “grief model” de Kubler-Ross, chegando ao estádio final da aceitação, a Federação passará para um patamar de eficiência muito elevado e, portanto, desejável. Será, contudo, ainda necessário realizar alterações estruturais e funcionais, adaptando as orientações e estratégias em “real-time” de acordo com os resultados do dia-a-dia.
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